Postagem em destaque

Quarto Montessoriano

Hoje vim mostrar pra vocês o que fiz no quarto do João Pedro. Ele tinha um quarto de bebê comum, com berço, cômoda e guarda-roupa. Aí encas...

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Alimentos que soltam e os que prendem o intestino do bebê


Hoje completaram 5 dias sem o JP fazer cocô. Que desespero! Era força, choro, e mais um pouco de força. Eu dizia que ele ia ficar com a barriga de tanquinho de tanta força que estava fazendo. Judiação. Mas depois de mamão, ameixa seca e supositório, o bendito saiu! Se não saísse eu ia arrancar ele de lá na marra.
Comendo a ameixa linda, gostosa e que ajuda fazer cocô.
Depois do meu dia desesperador, onde o único pensamento era "vem, cocô!", resolvi fazer um post com os alimentos que soltam e prendem o intestino dos bebês. Lembrando que cada bebê é diferente e o que faz efeito na maioria pode não fazer efeito no seu (como o mamão não faz no JP, por exemplo). Mas lá vai.

Alimentos que SOLTAM o intestino:
Mamão
Laranja
Ameixa Seca
Banana Nanica
Manga
Uva
Melão
Abacaxi
Abacate
Melancia
Tomate
Abóbora
Pepino
Alface
Milho
Ervilha
Feijão
Espinafre
Aveia
Linhaça
Água
Azeite

Alimentos que PRENDEM o intestino:
Banana maçã
Banana prata
Maçã
Goiaba
Limão
Batata
Mandioquinha
Mandioca
Inhame
Arroz
Biscoito
Maisena

Além dos alimentos, encontrei na internet uma técnica - um tanto quando chatinha - para ajudar o bebê a fazer cocô. Você coloca azeite ou soro fisiológico na ponta do cotonete e fica "cutucando" (COM CUIDADO!) o ânus do bebê. É só colocar e fazer um movimento de vai e vem para estimular o bebê a fazer cocô. Achei super válido, apesar de ser chato e parecer que a gente está fazendo uma coisa ruim, mas ajuda mesmo.

Espero que as dicas sejam úteis para vocês tanto quanto foram para mim.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O corpo pós parto

Depois que o bebê nasce,  a gente espera que a barriga suma ou pelo menos diminua bastante. Não é assim que as coisas funcionam.
Quando o bebê nasce, a gente perde peso, mas a barriga de grávida está ali,  gritando. Acontece que seu útero cresceu muito, você ganhou um pouco de gordura,  seus quadris se alargaram. Aos poucos a barriga vai murchando, porque o útero vai voltando pro lugarzinho dele,  vai diminuindo de tamanho. A amamentação faz com que ele volte mais rápido. Eu sentia bastante cólicas enquanto amamentava nos primeiros dias.
Eu engordei 16, 5 kg na gestação. Não fui nenhuma pessoa regrada que comia o necessário. Eu enfiei o pé na jaca e comi tudo o que queria mesmo. Ninguém olha feio pra grávida quando ela está comendo demais. Hahaha. Nunca fui uma pessoa de comer muito de uma vez, mas sempre comi o tempo todo,  isso fazia com que eu não engordasse. Na gestação comecei a comer muito de uma vez - meu prato competia com o do meu marido - e ai engordei mesmo.
Com a gordura excessiva ganhei de presente muitas (MUITAS!!  E horríveis) estrias nas pernas,  algumas ao redor do umbigo e muitas nos peitos.
Hoje,  4 meses e meio depois da cesárea,  perdi 11 kg,  sendo 10 nos primeiros 15 dias e mais 1 agora. Minha barriga ainda está grandinha, mas melhor ou muito do que estava e cada dia mais estrias aparecem,  fundas e brancas,  porque como estou emagrecendo a pele murcha e as estrias ficam mais evidentes.
Não é nada fácil se olhar no espelho nos primeiros meses. Ver as estrias,  a barriga grande e flácida, as pernas enormes,  os peitos caídos,  a cicatriz grande da cirurgia. E o cabelo caindo também. Mas quando você pensa que tudo isso foi necessário - um pouco de falta de vergonha também - para gerar o amor da sua vida,  você vê que vale à  pena.
Seu corpo demorou 9 meses para chegar naquele tamanho, então não adianta se desesperar. Seu corpo tem mais 9 meses para voltar ao normal,  ou até um pouco mais. Tristeza por ver o corpo transformado a gente tem mesmo, mas aos poucos ele vai voltando. Lembre-se que o nenem não está mais na sua barriga e você tem que parar de comer como louca,  ok?
Combinado então. Hahaha

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Introdução Alimentar - Papinha ou BLW?

Na última consulta com a pediatra do João Pedro, ela me disse para começar a introduzir frutas em sua dieta. Ele ainda tinha 3 meses e eu deveria começar a dar frutas quando ele completasse 4 meses. A pediatra disse para dar frutas amassadas, em pedaços e sucos, duas ou três vezes ao dia. Disse que ele deveria ir aprendendo a identificar os sabores e as texturas.
Comecei com a pêra raspadinha. Não foi, deu ânsia. Mas ainda assim tentei a pêra por 4 dias. No ultimo dia pensei em dar a fruta em pedaço. O pedaço tem que ser grande para não haver risco do bebê engolir e engasgar. Adivinha só? Ele ficou um tempão chupando a pêra. Como ele ainda é muito novinho, ainda não consegue segurar direito as coisas e colocá-las na boca. Aliás, o fato de um bebê começar a comer antes dos 6 meses ainda é um assunto muito polêmico e eu mesma achava que não era necessário, mas resolvi seguir as orientações da pediatra dele. Enfim, eu segurava a fruta e ele ficava chupando.
BLW - baby led wearning - que em português significa Desmame Guiado pelo Bebê, é esse método de dar as frutas (ou quaisquer alimentos) em pedaços grandes e deixar com que o bebê pegue e coma sozinho, do jeito que ele conseguir. No início o bebê vai brincar mais do que comer, lógico, mas depois vai aprendendo, conhece as texturas dos alimentos, o visual deles e o gosto, como um adulto. 
Voltando, a segunda fruta foi o mamão. O João Pedro teve ânsia só de sentir o cheiro, mas mesmo assim eu tentei - em pedaço e em forma de papinha - e ele realmente não gostou. No dia seguinte tive a brilhante ideia de misturar mamão com laranja lima e fazer suco. O suco de laranja lima ele tinha tomado e gostado um pouco. Foi um sucesso! Laranja lima, mamão e um pouco de água. Ele bebeu um monte. Depois do mamão tentei a banana amassadinha e ele não gostou.  Também deu ânsia. Resolvi dar em pedaço e ele adorou! Até mastigava a banana. Agora comprei pêra de novo e maçã. Dei pêra cozida em pedaço e ele até ficou chupando um pouquinho, mas nada comparado com o amor pela banana. Depois dei em forma de papinha e ele até comeu um pouco também.
Enfim, na minha opinião é importante oferecer o alimento de todas as formas para o bebê, tanto inteiras, quanto papinhas e sucos. Pelo menos no início, enquanto os bebês ainda acham estranhos todos os gostos que não sejam de leite, é importante oferecer e ver de que jeito eles gostam mais, para ajudá-los a desenvolver o gosto pelos alimentos. É importante no início não misturar duas ou mais frutas porque se der alguma reação alérgica, diarréia ou algo assim, você vai saber qual fruta foi e pode tirá-la do cardápio ou pelo menos esperar para dar novamente.




quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Enfim em casa

Tudo o que eu conseguia pensar quando estava na maternidade era quanto tempo falta para finalmente poder levar o João Pedro pra casa, apresentá-lo pra Zhara (minha cachorrinha/filha mais velha) e ter finalmente a nossa vida tão sonhada em família. Enquanto estive internada, minha mãe ficou comigo e meu esposo e meu pai iam todos os dias durante o período de visita. No dia de irmos embora, meu esposo tirou a certidão de nascimento do bebê e quando voltou já estávamos de alta. Que alegria (e medo!) ir pra casa. Sim, deu medo. Eu queria mais que tudo ir pra casa, mas tinha certo receio de como seria ter um bebê sem minha mãe e as enfermeiras por perto. Mas minha mãe e minha vó - lindas, maravilhosas e prestativas - ficariam em casa durante o dia e eu só teria que ter medo de como seriam as noites. Ele dormiria bem? E se ele ficasse doente? E se ele começasse a chorar e eu não soubesse o que fazer? Aaaaaaai que medo!
Antes do João Pedro nascer, eu não tinha tido muito contato com bebês recém nascidos. Na verdade, só tive algum contato com o filho da madrinha do João Pedro, o Matheus, que tinha 3 meses, mas morava em outra cidade. Eu não sabia pegar um bebê, não sabia dar banho, não sabia cuidar do umbigo, não sabia trocar fralda. Eu era uma mãe completamente inexperiente que morria de pavor de dar banho num bebê. Mesmo tendo visto milhares de vídeos, milhares de relatos e até visto alguns banhos ao vivo, o pavor do banho não me deixava.
Enfim, pegamos o bebê, colocamos aquela criança molinha no bebê conforto e fomos para casa. Cheguei e fui direto brincar com a Zhara, afinal, poucas vezes tinha ficado 3 dias longe da minha princesinha. Quando coloquei o bebê conforto perto dela, ela ficou tão feliz, tããão feliz! Ela pulou loucamente, cheirou as perninhas dele, mas morreu de ciúmes no começo (Num próximo post falo sobre a relação dos dois).
Consegui tomar um banho pra tirar a nhaca de hospital e fui dar o primeiro banho no meu filho. Medo, medo, medo. Tirei de letra! Ha! Não afoguei ele, ele não chorou, não escorregou da minha mão. Foi lindo. Fiquei emocionada. Vamos ignorar o fato de no dia seguinte eu ter cortado o dedo e levado 4 pontos  e só poder dar banho nele de novo depois de 7 dias. 
Minha mãe e minha vó faziam comida, limpavam a casa e eu cuidava do bebê. Não foi tão difícil quanto eu imaginava. Realmente aquela coisa de "quando é seu, é diferente" é verdade. Parece que a gente nasceu mãe. Tudo é natural e, como o bebê também não sabe nada, a gente vai aprendendo junto. Não estou dizendo que tudo sejam flores e que não tenha dificuldade nenhuma, porque tem, e muuuuuuuuita dificuldade. E a gente perde a paciência sim, nosso coração se despedaça quando o bebê chora e você não sabe mais o que fazer.
Os primeiros dias em casa são lindos e enlouquecedores. Não existe nada mais assustador do que ter uma vida dependendo de você 24 horas por dia. E não existe nada mais perfeito do que essa vida ter sido feita à partir da sua.
Meus amores,  Zhara e João Pedro.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ninguém nasce sabendo. Nem mamar, nem amamentar.

Quando o bebê nasce, depois de todos os exames, a enfermeira leva ele pra que você possa amamentar. É natural que você já tenha pesquisado mil e uma dicas sobre como fazer isso. Quando coloca seu peito na boca do bebê e ele abocanha e mama, a primeira coisa que você pensa é: "HÁ! Arrasei!". Quando as pessoas perguntam se ele mamou você diz toda toda que sim, e que não doeu nada.
Mas no segundo dia, o peito começa a doer. E não é só uma dorzinha chata,  não. Parece que estão arrancando o seu mamilo (e é quase isso mesmo que está acontecendo). A amamentação machuca no começo, por mais certo que você faça ou tente fazer. Amamentar dói.
Como o João Pedro nasceu muito grande, as enfermeiras iam fazer teste de glicemia nele duas vezes por dia. No segundo pro terceiro dia a glicemia começou a abaixar. Porque eu,  morrendo de dor, tinha medo de amamentar e ele acabava mamando pouco demais. Foi ai que eu resolvi que meu mamilo podia cair,  mas eu não ia deixar de amamentar meu filho.
Nos primeiros 15 dias eu tinha que prender a respiração enquanto ele mamava, tinha que passar a pomada de lanolina - que ajuda muito,  muito mesmo! - e tinha que me concentrar no amor que eu sentia pelo meu filho. 
Depois dos 15 dias a dor foi melhorando até que não sentia mais nada,  e o tal vínculo que a amamentação cria começou a aflorar. No primeiro mês,  apesar da dor,  ele engordou quase 3 kg. Hoje ele está com 4 meses,  muito saudável e gordinho. A médica  falou até de colocar ele no regime.
O leite materno é poderoso, é o melhor alimento pro bebê. Bebê que mama no peito quase não fica doente. E o leite está sempre quentinho em qualquer hora e lugar. Ah! E ao contrário do que dizem por aí,  que bebê que mama no peito demora mais pra dormir a noite toda,  o João Pedro dorme a noite toda desde os dois meses. 
Um site que me ajudou muito com a amamentação foi comoamamentar.com. Tirei muitas dúvidas e vi muitas dicas legais.
Espero que tenham gostado do post. Qualquer dúvida é só postar nos comentários que eu respondo.  



terça-feira, 6 de outubro de 2015

Normal, normal, normal! Cesárea. E agora?

Esse é meu primeiro post no blog. Não sei direito como começar, então vamos começar pelo parto. Qualquer coisa eu volto pra gravidez depois. rsrs


Já estava com 39 semanas e 6 dias e cadê do João Pedro nascer? O médico resolveu fazer descolamento de placenta. Pense num negócio horrível! Dói, dói muito. Ele chega como se fosse fazer o toque, mas literalmente descola a placenta com o dedo(!!!). Se o trabalho de parto não começasse depois disso, iríamos fazer cesárea. Mas o trabalho de parto começou. Começou às 21h, como cólicas e essas cólicas aumentavam cada vez mais. Não dava pra dormir, então passei a noite em claro. Às 6 da manhã eram contrações. E eu só sabia que eram contrações por causa do instinto materno. Acredite, a gente sabe quando nosso filho vai nascer. Quando meu marido acordou eu disse: Nosso filho nasce hoje. E fomos para o que seria minha última ultrassom.
Desde antes de engravidar eu dizia que queria o parto normal. "Ah, a dor é só na hora. Saiu, acabou", "a recuperação é mais rápida", "tenho medo de agulha, de corte, de pontos, de ficar internada", "é melhor pro bebê, ele nasce na hora que ele quer". Esses eram meus pensamentos até a hora em que o médico disse que o bebê estava com 3,953 kg. Sim, meu bebê tinha quase 4 kg, o perímetro cefálico tinha 9,7cm, estava encaixado e pronto pra nascer. O João Pedro era grande e não ia conseguir nascer de parto normal.
Dali fui direto pro hospital, onde o médico fez o toque, e o eletro no bebê e constatou que eu realmente estava tendo contrações, mas estava só com 1 cm de dilatação. Poderia nascer em 2 horas ou em 2 dias (ou mais). Começou então minha peregrinação. Eu não tinha plano de saúde, então tudo seria feito pelo SUS. O problema é que o médico de plantão da minha cidade não me passava confiança; ele tinha fama de tentar o parto normal até o bebê entrar em sofrimento. Eu não queria meu bebê entrando em sofrimento de jeito nenhum. Então fui pra Maternidade de Campinas. Como ainda não estava na hora, me mandaram de volta pra casa e disseram que eu teria que ter meu filho aqui, em Cosmópolis mesmo. Claaaaaaaaro que eu não desisti. Era a vida do meu filho que estava em jogo e eu não ia deixar ele correr nenhum risco. Fui pra casa e esperei pacientemente até 18h, quando as contrações (terríveis) aconteciam a cada 5 minutos. Resolvemos ir pra Artur Nogueira, que é aqui ao lado e tem uma boa maternidade, mas o médico se recusou a fazer o parto por eu ser de outra cidade, apesar de eu estar em trabalho de parto ativo.
Lá fui eu pra Campinas de novo. Cheguei com contrações a cada 3 minutos e quase 5 cm de dilatação. Meu filho ia nascer durante a madrugada. Eu estava com exatas 40 semanas de gestação. Quando falei pro médico o peso do João Pedro, ele nem disse nada. Eu só sabia que seria internada, até que enfim. A essa altura já era por volta de 23h. Já tinham sido mais de 24 horas de dor.
Coloquei aquela camisolinha linda - só que não - a enfermeira me deu o braço e eu resolvi perguntar se seria parto normal ou cesárea.
Era cesárea.
Eu gelei! Meu pavor de cesárea, de agulha, de corte, de pontos gritou. Mas logo em seguida veio outra contração e eu desejei com todas as minhas forças que alguém tirasse aquele neném de dentro de mim o mais rápido possível. Não vi agulhas, não vi corte. Só senti os trancos do médico tentando tirar o João Pedro. Foi aí que meu marido entrou na sala. Tinham esquecido de chamar ele e ele entrou exatamente na hora que o médico puxou meu bebêzinho gordo, enorme, roxo e inchado, às 23:59 do dia 02 de junho de 2015. Sim, 23:59. Foi inacreditável o que eu senti quando vi aquele bebezão, com aquela boca aberta enorme chorando. Hahaha
João Pedro nasceu com 52 cm e 3,935 kg - a ultrassom estava quase perfeita. Nasceu saudável, praticamente no tempo dele. E era lindo! O recém nascido mais lindo que eu já vi (eu sou a mãe, posso achar isso). Rapidinho levaram ele pra mim, me ensinaram a amamentar e ele aprendeu a mamar rapidinho. Era uma alegria tão enorme de ver aquele bebê olhando pra mim, que nem me lembrei que o parto não tinha sido como o planejado, que eu tinha pontos e cortes. 
A cesárea não me tirou a emoção de ver meu filho saindo de mim, não me fez sentir mais dor do que o parto normal - nem durante, nem depois. A recuperação não foi rápida como seria no parto normal, mas no dia seguinte eu estava caminhando na maternidade. Sim, parecia que meus órgãos internos estavam todos soltos dentro de mim, e estavam mesmo, mas isso deve acontecer no parto normal também.
Enfim, esse é o relato do meu parto, lindo, pelo sus, o contrário do que eu queria e muito melhor do que eu esperava.