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Quarto Montessoriano

Hoje vim mostrar pra vocês o que fiz no quarto do João Pedro. Ele tinha um quarto de bebê comum, com berço, cômoda e guarda-roupa. Aí encas...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A mala da maternidade

Oi galera! Estou meio sumida por causa da correria de fim de ano. Estou aproveitando um pouco as minhas amigas que estão de férias porque logo elas voltam a não ter tempo. kkkk
Hoje quero falar sobre a mala da maternidade. Toda grávida fica doida pensando no que levar pra maternidade quando o bebê for nascer, então quero dar umas dicas úteis aqui pras mães não levarem coisas desnecessárias.
No Brasil, tanto pelo SUS quanto particular, o período mínimo de internação é 3 dias. Geralmente não passa disso, à não ser que haja algum problema. Então você precisa levar para o bebê 2 roupas por dia. O cálculo é de 6 trocas de roupa, sendo uma delas a saída de maternidade. O João Pedro usou 5 trocas, mas é melhor mesmo levar 6 caso precise. Recém nascidos costumam golfar, fazer cocô até vazar da fralda, fazer xixi pra fora da fralda e a roupa pode sujar e você ter de trocar.
Eu dividi tudo em saquinhos com etiquetas marcando "1ª troca", "2ª troca", etc. Como o João Pedro nasceu no começo de junho, estava super frio, então levei dentro de cada saquinho:
1 macacão de frio
1 calça
1 body de manga comprida
1 meia (se a calça não tivesse pézinho)

Lembrando que foram 6 saquinhos, portanto foram 6 macacões, 6 calças, 6 bodies e algumas meias. Também levei 1 touca, 1 toalha-fralda, 3 pares de luvas (As luvas são muito importantes! Não deixe de comprar se seu bebê for nascer no frio), shampoo Jhonson da cabeça aos pés, 1 cobertor, 6 fraldas ou paninhos de boca, 1 pacote de fraldas RN, 1 kit de pente e escova. Se você quiser levar também uma blusa de frio, fica a seu critério. Eu achei que não caberia uma blusa de frio em cima de body, calça e macacão, então levei mas não usei.
Não sei se em todo lugar eles dão, mas na maternidade deram algodão, álcool 70% para higienizar o umbigo, e fraldas. Eu preferi usar as fraldas que tinha levado.

O que levar para a mãe:

2 pijamas com abertura na frente para facilitar na hora de amamentar (levei um de frio e um que não era curto nem comprido - e era muito feio, por sinal)
1 ou 2 pacotes de absorventes pós parto ou noturnos. Eu levei os noturnos, mas a enfermeira disse que não daria conta, aí meu marido teve que levar os pós parto. Uma dica: leve o noturno. Deu na mesma, mas o pós parto parece um colchão, é horrível de usar. Se optar pelo pós parto, leve 1 pacote só, se for pelo noturno, leve 2 pra garantir.
2 sutiãs de amamentação - tenha um terceiro em casa
4 ou mais calcinhas grandes e confortáveis. Elas tem que ser grandes e, de preferência específicas para o pós parto. No caso de uma cesárea, por exemplo, é bom ter alguma coisa pra segurar a barriga que parece estar solta.
Chinelo
Meias
Absorventes para seios - parece besteira, mas você vai usar isso por um bom tempo. Se já quiser ir fazendo um estoque...
Produtos de higiene pessoal
Toalha de banho e de rosto
Roupas para saída do hospital
Máquina fotográfica - não esqueça de verificar a bateria antes
Lembrancinhas e enfeite de porta.

É muita coisa mesmo. Parece que você vai levar a casa junto e é necessário. Não coloquei aqui as coisas que são desnecessárias porque tudo ocupa espaço e ninguém quer levar coisas que não vai usar, né.
Eu montei as malas quando estava grávida de 7 meses. Loucura, né? Mas eu achava que depois dos 7 meses poderia acontecer alguma coisa e ele resolver nascer. E isso pode mesmo acontecer. Então aos 7 meses de gravidez, o quarto estava montado e as malas prontas. Claro que deixei pra colocar os itens de higiene pessoal e a máquina fotográfica na mala só antes de ir pra maternidade, mas o resto estava pronto.

Espero ter ajudado as futuras mamães que estão perdidas como eu fiquei. Bjs e até logo.


sábado, 26 de dezembro de 2015

Dicas para os futuros papais

Olá papais! Esse post é especialmente pra vocês, principalmente para os que tem uma esposa grávida e estão meio perdidos. Nós sabemos que os pais querem participar mais da gravidez, mas nem sempre sabem como já que a mãe é que sente tudo, que tá com o neném na barriga e o pai só consegue ver a barriga da sua esposa aumentando de tamanho. Com isso, os pais acabam se afastando um pouco e as mães ficam chateadas porque os pais não participam.
Mães, entendam: não é maldade, eles só não sabem o que fazer.
Vou tentar ajudar um pouco com isso, dando algumas dicas para os futuros papais ajudarem e participarem mais.

1 - Vá em pelo menos um dia de ultrassom. O ideal é que o papai vá em todas, mas nem sempre tem como. Pais, vocês vão ficar tão bobos e babões quanto as mães depois do ultrassom, afinal é a única forma de você ver seu filho. A mãe também não pode vê-lo sem a ultrassom, então é especial pra todo mundo.

2 - Ajude em casa. No começo as grávidas passam mal, tem muito sono e no fim além de passar mal e ter muito sono, elas já não conseguem mais fazer as coisas em casa direito porque a barriga atrapalha muito! Se você varrer a casa e lavar uma louça, sua esposa vai ficar suuuuuper feliz!

3 - Converse com o bebê na barriga. No começo a gente se sente completamente retardado, mas depois vira uma coisa natural. E logo o bebê vai responder o que você fala com chutinhos super especiais. Tem bebês que se mexem muito mais quando ouvem o pai falando com eles.

4 - Toque na barriga da sua esposa enquanto fala com o bebê e mesmo quando não está falando com ele. Estudos indicam que os bebês respondem mais ao estímulo do toque do que ao da fala.

5 - Sua esposa está com vontade de comer uma coisa estranha, tipo tijolo com sabonete e cobertura de chocolate? Faça para ela. Nunca, jamais, diga que ela é louca e que isso é coisa de gente estranha. Esses desejos estranhos acontecem, sim e não é frescura. Que mulher em seu estado normal gostaria de comer tijolo?

6 - Diga que ela está linda. Ela vai engordar, pode ser que engorde muito ou pouco, mas vai. Às vezes ela vai se sentir a pessoa mais feia do mundo. Tem grávidas que tem mais espinhas, não dá pra pintar o cabelo nem fazer progressiva, é difícil se depilar porque a barriga atrapalha, vão aparecer estrias que vão fazer sua esposa chorar de tristeza. Você é a única pessoa no mundo que pode fazer ela se sentir melhor. Dizer que ela está linda, que a ama apesar de tudo é sua função. E não adianta dizer: "ah, mas fulana tem 10 filhos e não tá com esse corpo". Ela pode nunca mais querer ver a sua cara, com razão.

7 -
Demonstre amor pelo bebê e pela mãe. O bebê sente tudo o que a mãe sente. Tanto as coisas boas quanto as ruins.

8 - Não estresse a mãe! É difícil não estressar uma grávida, porque elas ficam sensíveis e qualquer sentimento fica 3x mais forte, mas faça o possível. Se a mãe do seu filho se estressar muito durante a gestação, seu filho pode ser muito agitado mesmo depois de nascer. E aí você também vai colher os frutos de ter deixado a mãe dele brava.

9 - Queira participar do parto. "Ah, mas não posso ver sangue". Colega, é seu filho. Sua mulher vai sentir uma dor insuportável, vai sair um neném de (geralmente) uns 3 kg pela vagina dela e, se sair pela barriga, ela vai ser cortada e costurada e sentir bastante dor depois. A única coisa que ela quer é ter alguém do lado, segurando a mão dela e dizendo que a dor vai passar e que o filho de vocês está chegando. Garanto que quando ele nascer, você não vai se arrepender de ter estado ali.

10 - Ame, ame, ame! Ame sua esposa, ame seu filho. Não pense que só vai ser pai quando ele nascer, embora você vá se tornar muito mais pai quando isso acontecer.  São 9 meses que serão lembrados por toda a vida e é importante que você faça parte deles.


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Anunciando a gravidez - ideias criativas

Descobriu que está grávida e não sabe como contar? Quer uma forma criativa para contar a notícia pro papai, ou pra família? Vou dar alguns exemplos e dizer como eu fiz.

Quando eu descobri que estava grávida, já tinha esquematizado tudo, mas como não sabia que engravidaria tão rápido, ainda não tinha preparado. Tive que ser super rápida porque não ia aguentar até o dia seguinte pra contar.
Na porta de casa, coloquei um par de sapatos do Alan e um par de sapatinhos de bebê e fiquei esperando ele no quarto com uma caixa no colo. Dentro da caixa tinha os dois testes de gravidez amarrados com um lacinho de cetim, uma camiseta com um desenho de uma mulher e um homem barrigudos e escrito #tamojunto, uma cartinha pro papai que eu já tinha feito antes, e um charuto - porque dizem que quando o primeiro filho nasce, tem que fumar um charuto.

Para contar pros nossos pais e uns amigos, nós chamamos todo mundo para comer numa lanchonete dizendo que era mais fácil a gente ver todo mundo de uma vez já que moravámos longe e estava perto do meu aniversário. Pedimos pra um amigo que sabia dizer que ia tirar uma foto, mas ao invés da foto, ele ia filmar. Aí na hora da foto meu marido disse: Agora todo mundo falando "A Pamela tá grávida!". Todo mundo ficou com cara de pastel. A cara da minha mãe foi a melhor. kkkk  E o melhor, foi tudo filmado. Foi super legal quando a ficha da galera caiu.

Vamos às outras dicas legais:

1 - Biscoito da sorte. Siiiim, imagina que legal! Você coloca a mensagem dentro dele. Pode ser: "sua esposa está grávida" ou "A 'fulana' está grávida" ou qualquer mensagem bonitinha que vá emocionar o futuro papai ou o pessoal da família. Dá pra dar biscoitos da sorte pra todo mundo. hahaha

2 - Balões. Um dia vi um video que a moça colocou palavras dentro de balões para o marido montar a frase, que era: "em mim batem dois corações por você". Eu achei magnífico. Super criativo.

3 - Fotos. Todo mundo sabe daquela foto de 1+1=3.  É comum, mas não deixa de ser lindo e dá pra usar muito a criatividade na hora da foto. Se você já tem um filho, fica super legal tirar uma foto dele brincando com um livro sobre irmão. Talvez as pessoas demorem um pouco a entender, mas achei bem interessante.

4 - Outra foto legal caso você já tenha filhos é uma placa escrito "irmão mais velho" ou uma foto do seu bebê com a foto da ultrassom.

5 - Comida com o tamanho do bebê. Por exemplo, você chama o pai do bebê pra jantar e coloca no prato dele apenas um feijão. Ele vai ficar perplexo, claro e você diz que é do tamanho do bebê de vocês. Aí você usa a semente ou comida ou qualquer coisa do tamanho equivalente ao do seu bebê na semana que estiver. 

6 - Para contar aos avós é super legal você colocar um par de sapatinhos dentro de uma caixa e escrito "Parabéns, vovô e vovó" ou alguma frase assim. Já imagino os avós se derramando em lágrimas.

Você deu a notícia de forma criativa? Me conte como foi!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Tentando engravidar

Não, não estou tentando engravidar de novo. Ainda não, calma. Mas quero contar como foram as coisas desde o começo e tirar algumas dúvidas que às vezes surgem.
Sempre quis ser mãe, sempre sonhei com isso. Eu e o Alan dizíamos que não íamos esperar muito depois de casar, depois mudamos de ideia e resolvemos aproveitar o casamento por um ano antes de tentar encomendar nosso pequeno. Como nos casamos e estávamos morando num "lugar de férias", nós aproveitamos demais o início do casamento, viajamos muito, saímos muito, bebemos, dançamos e brincamos muito.
Enfim, com 7 meses de casados resolvemos engravidar. Era junho e eu tinha uma consulta de rotina marcada com o ginecologista. Aproveitei a consulta para dizer ao ginecologista que gostaria de engravidar e o que eu deveria fazer (além de sexo kkk) para facilitar as coisas, para não ter nenhum problema de saúde que pudesse atrapalhar a gravidez e o bebê. O médico passou uma batelada de exames (no total 28 exames) de urina, sangue, secreção vaginal, ultrassom transvaginal, ultrassom das mamas e ultrassom do abdome e o C.O. 
Eu tive 2 alterações em exames, uma no fígado, onde apareceram calcificações que o médico disse que eu provavelmente já tive hepatite e não sabia e essas calcificações eram como se fossem cicatrizes da doença; e tinha uma feridinha no útero. Tratei a ferida com pomada durante 10 dias e parei de tomar o anticoncepcional. O resto era comigo, com meu marido e com Deus.
Dia 23 de agosto eu menstruei normalmente, com 8 dias de atraso, fiquei arrasada porque não tinha engravidado, como se depois de anos tomando anticoncepcional eu fosse engravidar no primeiro mês. Imaginei que o atraso fosse porque tinha parado de tomar o anticoncepcional e tinha desregulado tudo, o que seria completamente normal. No mês seguinte foram 10 dias de atraso e eu resolvi comprar um teste de farmácia só pra desencargo de consciência. Adivinha só? Tinha 2 pauzinhos no teste! Um era bem fraqtrouinho, mas estava ali. Eu chorando e falando com a minha amiga no whatsapp. Corri na farmácia e comprei outro teste pra ter certeza. Deu positivo também! Eu estava grávida!
Como a gravidez é contada pela data da última menstruação, eu estava grávida no dia 23 de agosto, um mês depois de começar as tentativas! Nem deu graça. kkkkk Engravidei no primeiro mês mesmo. E tomando anticoncepcional durante anos. Essa foi minha longa (só que não) tentativa de engravidar. O resto da história eu conto num próximo post: a surpresa para contar pro papai, a surpresa pros avós e amigos, a cara de pastel da minha mãe. kkk Vai ser legal dividir esses momentos com vocês e dar algumas ideias para as futuras mamães que querem fazer surpresa pro pessoal. :D
Quero saber das mamães como foram as tentativas, se demoraram, se não esperavam. Vamos interagir, meu povo! Não quero ficar aqui falando sozinha. Sério. ;*

Quarto Montessoriano

Hoje vim mostrar pra vocês o que fiz no quarto do João Pedro. Ele tinha um quarto de bebê comum, com berço, cômoda e guarda-roupa. Aí encasquetei que queria um quarto montessoriano.
Pra quem não sabe o que é um quarto no estilo montessoriano, é um quarto projetado para que o bebê se desenvolva com autonomia, ou seja, o colchão é colocado no chão para que ele possa descer e subir sozinho, tem espelho(s), uma barra para se apoiar para ficar em pé,  brinquedos e livros ao alcance, enfim, um quarto que oferece mais chances do bebê aprender a "se virar" e que não ofereça perigo.



No quarto novo eu coloquei tatames de e.v.a. no chão,  um espelho, a barra  (varão de cortina) na frente do espelho, o colchão no chão  (em cima de tatames para não passar friagem do chão, uma caixa com os brinquedos. A minha poltrona de amamentação ficou lá porque sempre que eu estou em casa amamento nela. Do lado e na cabeceira do colchão coloquei almofadas de feltro que eu mesma fiz, pra ele não se machucar a bater a cabeça na parede. Comprei um guarda roupa grande para guardar as roupas e os sapatos e outras coisas que ele ainda não pode pegar. A única coisa que está faltando é a estante de livros que logo logo eu coloco.
Bom, chega de falar. Vou colocar as fotos pra vocês verem como ficou.




domingo, 20 de dezembro de 2015

Crise dos 6 meses e ansiedade de separação

Oi gente! Meu "oi" foi super feliz, né? Mas na verdade eu estou extremamente cansada. O motivo? Um negócio chamado Crise dos 6 Meses. Há duas semanas o João Pedro não dorme direito à noite, começa a chorar desesperado enquanto está dormindo, chora desesperado quando eu saio de perto dele, chora desesperado quando vai no colo de outra pessoa (que não seja eu, meu marido, e meus pais), chora porque não quer dormir. Enfim, faz 2 semanas que esse menino chora o tempo todo. Ele meio que juntou a crise dos 6 meses com ansiedade de separação.

O que é a crise dos 6 meses

A crise dos 6 meses é chamada de crise da formação do triangulo familiar. Quer dizer que ele está percebendo que eu e ele não somos a mesma pessoa e que existe o papai que também é parte importante da vida dele. Até agora, por mais que o papai seja super presente e esteja com ele todos os dias, eu era o mundo e a segurança dele. Mas agora ele está vendo que não é assim que a coisa funciona. Que ele é uma pessoa, eu sou outra e o papai é outra. E isso causa uma certa confusão na cabecinha dele e enche o bebê de medo. Ele tem medo de não ser mais "o bebê da mamãe", de não ser mais unido à mamãe como era até agora.
Nessa fase é necessário que o pai faça parte do dia-a-dia do bebê, que dê muito carinho e muita atenção para o bebê ver nele também a segurança que sempre encontrou na mãe. É uma fase difícil, mas saudável e necessária. Dizem que passa rápido. Tomara!

E o que é a ansiedade de separação?

Geralmente, essa fase começa aos 8 meses, mas pode começar à partir dos 6. Como ele percebeu que eu e ele não somos a mesma pessoa, começou a perceber também que eu posso ir embora sem ele. Claro que eu não vou embora, muito menos sem ele, mas ele não sabe disso e acha que toda vez que eu saio do campo de visão dele, eu não vou voltar mais. É nessa fase que o bebê chora desesperado quando eu saio do campo de visão dele ou quando vai para o colo de outra pessoa. À noite, o cérebro do bebê processa tudo o que aconteceu durante o dia, por isso o choro de madrugada.
Quando o bebê está nessa crise, é preciso muito mais paciência do que nas outras pois ela pode demorar de 3 a 4 semanas para passar. É preciso entender o que está acontecendo com o bebê e respirar fundo muitas vezes. Não é nada fácil. Estou penando com o JP nas últimas semanas. Confesso que às vezes deixo ele chorando um pouquinho pra conseguir pelo menos ir ao banheiro, porque não dá! Graças a Deus a Galinha Pintadinha existe e ele esquece até de mim quando tá assistindo. Aí quando precisa, eu coloco a bendita e pronto. kkkkk

Nessa fase dos 6 meses, também podem estar nascendo os dentes, o que também causa desconforto, coceira, irritabilidade, diarreia e febrícula. Dei sorte de o João Pedro já ter 4 dentes e não estar tão desesperado por causa deles também. Imagina quanta coisa difícil pra ele e, consequentemente pra mim.


Bom, eu não sei direito como lidar com isso, afinal é meu primeiro filho. Tenho pesquisado muito sobre o assunto para entender direito o que está acontecendo e aprender a lidar. Tá difícil, mas ele vai passar por fases piores. kkkk

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O lado B da gravidez

Às vezes as pessoas me perguntam se não sinto saudade da barriga e minha resposta é simples: não.
"Nooooossa, Pamela, mas porque não?"
Porque a gravidez é linda, sim, tem um ser sendo gerado e formado dentro da sua barriga e isso é simplesmente inacreditável. Mas com toda essa lindeza vem um monte de incômodos que, de verdade, não desejo pra ninguém. Não quero desanimar as grávidas ou as que estão pensando em engravidar, só estou dizendo o que aconteceu comigo.
No começo eu tinha um pouco de cólica, muito sono e muita fome. Só isso. Comecei a enjoar um pouco no terceiro mês, mas logo acabou e tive bastante azia. Pra quem não sabe ou nunca teve azia, é uma queimação no esôfago. O suco gástrico volta e queima. Enfim, eu sofri muito com azia. No segundo estágio da gravidez não senti nada além da azia, o sono e a fome.
Aí você me diz: "credo, mas então porque você achou tão ruim?"
E eu te respondo: porque o final acabou comigo. Muitas coisas eram culpa minha mesmo, por exemplo, o sobrepeso. Eu engordei 16 kg, sendo que o normal é engordar no máximo (gritando) 13. Então era ruim pra andar, pra levantar, pra tomar banho, eu não passava em qualquer lugar, não conseguia abaixar porque se abaixasse não levantava. Um dia eu estava no quartinho do neném pensando em como seria lindo quando ele nascesse, e deitei no chão. Eu simplesmente não conseguia levantar. Estava longe de qualquer coisa que eu pudesse me apoiar e estava pensando em como me arrastaria até onde estava o celular pra ligar pro meu marido ir pra casa me socorrer. kkkkkk No fim, depois de muito custo eu consegui levantar.
Outra coisa, a azia. A azia acabou com a magia da minha gravidez. No final, eu sentia azia o tempo todo, não podia comer absolutamente nada, nem dormir deitada e vivia de Mylanta Plus e maçã que eram as únicas coisas que ajudavam. Claro que eu comia, porque a fome era demais, mas tudo fazia mal. Não dava pra dormir pela azia e pelo tamanho da barriga. Tinha falta de ar às vezes também. Mais uma coisa: eu tenho sinusite e não podia tomar os remédios pra tratá-la, só podia tomar paracetamol - que não ajuda em nada - e espirrar um negócio no nariz. Isso também foi horrível, e ainda é porque continuo não podendo tomar por estar amamentando. Tem também o fato de todos os hormônios estarem enlouquecidos, o que faz a gente sentir um calor insuportável, vontade de chorar, de socar alguém, de rir, de sair correndo, etc.
Tenho certeza que muita gente teve uma gravidez pior que a minha, muitas mulheres tem enjôos demais, vomitam, desmaiam, ficam com a pressão mais alta, têm diabetes gestacional. Graças a Deus não tive nada disso.
Era, sim, uma delícia sentir o João Pedro mexendo na barriga, mas eu prefiro mil vezes poder sentir, ver, cheirar, apertar, morder e beijar ele agora. Como já dizia o "grande poeta" Shrek: melhor pra fora do que pra dentro.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Os primeiros dentinhos

Olá! Como estão? Hoje vou falar um pouco sobre o nascimento dos primeiros dentinhos. O João pedro está com 6 meses e 14 dias e 4 dentes lindos. Sim, agora eles são lindos, mas nem sempre eu vi os dentes como uma coisa boa. E às vezes ainda não acho tão bom assim porque ele me morde. kkkk
Os primeiros dentes costumam nascer quando o bebê tem entre 3 e 12 meses, mas existem exceções. Há bebês que já nascem com dente; se não houver risco desse dente cair e ser aspirado, ele pode ser deixado lá normalmente e provavelmente será lixado para não atrapalhar na amamentação.
Os primeiros dentes do João Pedro nasceram com 5 meses. Foi um atrás do outro. Nasceu um embaixo e uma semana depois nasceu o outro e uns 2 dias depois nasceu o de cima e o outro também. Foi assim, em menos de um mês, nasceram os quatro dentinhos. E eu que acho liiiiiiiiindos os bebês com os dois dentinhos de baixo não tive nem tempo de ficar babando neles porque os de cima nasceram rapidinho.
Falando em baba, ela é um dos sinais de que os dentes estão chegando. Junto da baba pode vir o estado febril, diarreia e muita, mas muuuuuuuita chatice. Não é que eu seja ruim, mas a maioria das mamães há de concordar que o período do nascimento dos primeiros dentes é um negócio bem tenso. O bebê fica irritado, afinal a gengiva está coçando muito. Aí vem aquele neném gordo e pesado só querendo colo o dia inteiro, junta com a fase de ansiedade de separação e pronto, a vida da mãe vira do avesso. Nesse período também podem ocorrer alterações no sono do bebê. No caso do João Pedro que dormia a noite toda desde os 2 meses, começou a acordar várias vezes durante a noite, sempre chorando. Precisa ter muita paciência.
Uma coisa que eu não entendia quando me falavam é que a gengiva fica grossa quando os dentinhos estão pra nascer. Gente, a gengiva fica áspera. No começo, a gengiva é lisinha, quando os dentes vão chegando ela vai ficando mais áspera, um pouco inchada e vermelha. E, sim, aquilo coça que dá desespero na gente. Mas assim que nascem, o bebê já começa a ficar mais calmo. Geralmente, os próximos dentes que vem são mais dois embaixo. Até os três anos o bebê já deve estar com a dentição completa (20 dentes de leite). Agora estou me preparando psicologicamente para nascerem as presas, dizem que são os piores dentes.
Sobre a higienização, até os primeiros dentes nascerem eu higienizava a boca do JP com gase, passava em toda a boquinha, na língua e nas bochechas. Agora com os dentes, eu comprei uma escova infantil bem macia e "sujo" com um tiquinho de nada de pasta de dente infantil. É um tiquinho de nada mesmo. Eu passo no dedo e passo na escova. O bebê pode ingerir no máximo 0,25mg de flúor por dia, então tem que ser bem pouco mesmo. Ele adora escovar os dentes, talvez porque eu sempre limpei a boca dele e ele se acostumou. Costumo escovar os dentinhos dele 2 vezes por dia - de manhã e à noite - ou às vezes 3, mas na escovação do meio não uso pasta de dente pra não exceder o limite de flúor.
Se seu bebê estiver muito desesperado com a coceira, você pode dar para ele mordedores gelados (geralmente os mordedores vem com uma "aguinha" dentro pra você colocar na geladeira), massagear com aquelas escovinhas de silicone. Eu usei Nenê Dent no João Pedro e foi simplesmente ótimo. Me disseram para dar Camomilina C também, mas ele não gosta de mamadeira, então era difícil fazer ele tomar e eu desisti.
Pra quem já tem neném cheio de dentes, como foi o nascimento deles? Alguém mais ficou tão louca quanto eu? hahaha
Quero saber suas experiências também. ;)
Bjs e até o próximo post.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Coisas que ninguém me contou sobre ser mãe de menino

Todo mundo diz: "Ai, é difícil ser mãe", "é lindo ser mãe", "você não vai dormir nunca mais", "amamentar dói, mas depois é uma delícia". Sim, isso tudo a gente ouve sempre. Maaaas tem coisas que ninguém te conta sobre ser mãe. Aí vão umas coisas bobas e úteis que aprendi na hora do "vamos ver":

- O pipi tem que ficar pra baixo dentro da fralda.
Sim, se ele ficar pro lado ou pra cima, o xixi vai vazar lindamente. Descobri isso depois de alguns xixis feitos em mim.

- Não tire a fralda do bebê e coloque ele (1 segundo que seja) no berço peladinho.
Tirei a fralda e lembrei que tinha que pegar alguma coisa no guarda roupa. Qual foi minha ideia genial? Colocar ele rapidinho no berço. Quando voltei, o xixi já tinha saído e ele estava com aquela carinha de sapeca.

- As unhas crescem desordenadamente. E é difícil cortar.
Eu espero o João Pedro dormir pra cortar, se não ele não deixa. E às vezes, até dormindo ele não deixa. Tenho que cortar dia sim, dia não, se não ele se arranha todinho.

- Bebês gostam de gritar quando estão com sono. Geralmente você também está com sono.
Dá um nervoooooso, mas quando eles dormem é a melhor coisa da vida. O João Pedro grita horas, me cansa, aí tento dar mamá e ele se joga pra trás, eu canso porque não dá, né. A gente se vira e faz o bendito neném dormir e depois morre de saudade. Depois a gente acostuma com a gritaria. E nos casos de famílias mais anormais (tipo a minha), a gente começa a gritar também e esperar o neném responder. kkkkk

- O pipi é uma coisinha elástica.
Eles puxam forte e dá muuuuuita agonia. Parece que vai arrancar. Mas não arranca, relaxa.

- Um cocô pode dar muitas alegrias.
Quando o cocô sai, depois de uns dias sem resolver dar as caras, a gente dá pulos de alegria. Sem exagero. Até os avós ligam pra saber como está o cocô.

Tem tanta coisa que a gente aprende só quando o bebê nasce, tanta coisa que as pessoas até falam mas a gente não acredita. O negócio é que ninguém sabe exatamente como é ser mãe antes de ser mãe. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Alimentos que soltam e os que prendem o intestino do bebê


Hoje completaram 5 dias sem o JP fazer cocô. Que desespero! Era força, choro, e mais um pouco de força. Eu dizia que ele ia ficar com a barriga de tanquinho de tanta força que estava fazendo. Judiação. Mas depois de mamão, ameixa seca e supositório, o bendito saiu! Se não saísse eu ia arrancar ele de lá na marra.
Comendo a ameixa linda, gostosa e que ajuda fazer cocô.
Depois do meu dia desesperador, onde o único pensamento era "vem, cocô!", resolvi fazer um post com os alimentos que soltam e prendem o intestino dos bebês. Lembrando que cada bebê é diferente e o que faz efeito na maioria pode não fazer efeito no seu (como o mamão não faz no JP, por exemplo). Mas lá vai.

Alimentos que SOLTAM o intestino:
Mamão
Laranja
Ameixa Seca
Banana Nanica
Manga
Uva
Melão
Abacaxi
Abacate
Melancia
Tomate
Abóbora
Pepino
Alface
Milho
Ervilha
Feijão
Espinafre
Aveia
Linhaça
Água
Azeite

Alimentos que PRENDEM o intestino:
Banana maçã
Banana prata
Maçã
Goiaba
Limão
Batata
Mandioquinha
Mandioca
Inhame
Arroz
Biscoito
Maisena

Além dos alimentos, encontrei na internet uma técnica - um tanto quando chatinha - para ajudar o bebê a fazer cocô. Você coloca azeite ou soro fisiológico na ponta do cotonete e fica "cutucando" (COM CUIDADO!) o ânus do bebê. É só colocar e fazer um movimento de vai e vem para estimular o bebê a fazer cocô. Achei super válido, apesar de ser chato e parecer que a gente está fazendo uma coisa ruim, mas ajuda mesmo.

Espero que as dicas sejam úteis para vocês tanto quanto foram para mim.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O corpo pós parto

Depois que o bebê nasce,  a gente espera que a barriga suma ou pelo menos diminua bastante. Não é assim que as coisas funcionam.
Quando o bebê nasce, a gente perde peso, mas a barriga de grávida está ali,  gritando. Acontece que seu útero cresceu muito, você ganhou um pouco de gordura,  seus quadris se alargaram. Aos poucos a barriga vai murchando, porque o útero vai voltando pro lugarzinho dele,  vai diminuindo de tamanho. A amamentação faz com que ele volte mais rápido. Eu sentia bastante cólicas enquanto amamentava nos primeiros dias.
Eu engordei 16, 5 kg na gestação. Não fui nenhuma pessoa regrada que comia o necessário. Eu enfiei o pé na jaca e comi tudo o que queria mesmo. Ninguém olha feio pra grávida quando ela está comendo demais. Hahaha. Nunca fui uma pessoa de comer muito de uma vez, mas sempre comi o tempo todo,  isso fazia com que eu não engordasse. Na gestação comecei a comer muito de uma vez - meu prato competia com o do meu marido - e ai engordei mesmo.
Com a gordura excessiva ganhei de presente muitas (MUITAS!!  E horríveis) estrias nas pernas,  algumas ao redor do umbigo e muitas nos peitos.
Hoje,  4 meses e meio depois da cesárea,  perdi 11 kg,  sendo 10 nos primeiros 15 dias e mais 1 agora. Minha barriga ainda está grandinha, mas melhor ou muito do que estava e cada dia mais estrias aparecem,  fundas e brancas,  porque como estou emagrecendo a pele murcha e as estrias ficam mais evidentes.
Não é nada fácil se olhar no espelho nos primeiros meses. Ver as estrias,  a barriga grande e flácida, as pernas enormes,  os peitos caídos,  a cicatriz grande da cirurgia. E o cabelo caindo também. Mas quando você pensa que tudo isso foi necessário - um pouco de falta de vergonha também - para gerar o amor da sua vida,  você vê que vale à  pena.
Seu corpo demorou 9 meses para chegar naquele tamanho, então não adianta se desesperar. Seu corpo tem mais 9 meses para voltar ao normal,  ou até um pouco mais. Tristeza por ver o corpo transformado a gente tem mesmo, mas aos poucos ele vai voltando. Lembre-se que o nenem não está mais na sua barriga e você tem que parar de comer como louca,  ok?
Combinado então. Hahaha

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Introdução Alimentar - Papinha ou BLW?

Na última consulta com a pediatra do João Pedro, ela me disse para começar a introduzir frutas em sua dieta. Ele ainda tinha 3 meses e eu deveria começar a dar frutas quando ele completasse 4 meses. A pediatra disse para dar frutas amassadas, em pedaços e sucos, duas ou três vezes ao dia. Disse que ele deveria ir aprendendo a identificar os sabores e as texturas.
Comecei com a pêra raspadinha. Não foi, deu ânsia. Mas ainda assim tentei a pêra por 4 dias. No ultimo dia pensei em dar a fruta em pedaço. O pedaço tem que ser grande para não haver risco do bebê engolir e engasgar. Adivinha só? Ele ficou um tempão chupando a pêra. Como ele ainda é muito novinho, ainda não consegue segurar direito as coisas e colocá-las na boca. Aliás, o fato de um bebê começar a comer antes dos 6 meses ainda é um assunto muito polêmico e eu mesma achava que não era necessário, mas resolvi seguir as orientações da pediatra dele. Enfim, eu segurava a fruta e ele ficava chupando.
BLW - baby led wearning - que em português significa Desmame Guiado pelo Bebê, é esse método de dar as frutas (ou quaisquer alimentos) em pedaços grandes e deixar com que o bebê pegue e coma sozinho, do jeito que ele conseguir. No início o bebê vai brincar mais do que comer, lógico, mas depois vai aprendendo, conhece as texturas dos alimentos, o visual deles e o gosto, como um adulto. 
Voltando, a segunda fruta foi o mamão. O João Pedro teve ânsia só de sentir o cheiro, mas mesmo assim eu tentei - em pedaço e em forma de papinha - e ele realmente não gostou. No dia seguinte tive a brilhante ideia de misturar mamão com laranja lima e fazer suco. O suco de laranja lima ele tinha tomado e gostado um pouco. Foi um sucesso! Laranja lima, mamão e um pouco de água. Ele bebeu um monte. Depois do mamão tentei a banana amassadinha e ele não gostou.  Também deu ânsia. Resolvi dar em pedaço e ele adorou! Até mastigava a banana. Agora comprei pêra de novo e maçã. Dei pêra cozida em pedaço e ele até ficou chupando um pouquinho, mas nada comparado com o amor pela banana. Depois dei em forma de papinha e ele até comeu um pouco também.
Enfim, na minha opinião é importante oferecer o alimento de todas as formas para o bebê, tanto inteiras, quanto papinhas e sucos. Pelo menos no início, enquanto os bebês ainda acham estranhos todos os gostos que não sejam de leite, é importante oferecer e ver de que jeito eles gostam mais, para ajudá-los a desenvolver o gosto pelos alimentos. É importante no início não misturar duas ou mais frutas porque se der alguma reação alérgica, diarréia ou algo assim, você vai saber qual fruta foi e pode tirá-la do cardápio ou pelo menos esperar para dar novamente.




quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Enfim em casa

Tudo o que eu conseguia pensar quando estava na maternidade era quanto tempo falta para finalmente poder levar o João Pedro pra casa, apresentá-lo pra Zhara (minha cachorrinha/filha mais velha) e ter finalmente a nossa vida tão sonhada em família. Enquanto estive internada, minha mãe ficou comigo e meu esposo e meu pai iam todos os dias durante o período de visita. No dia de irmos embora, meu esposo tirou a certidão de nascimento do bebê e quando voltou já estávamos de alta. Que alegria (e medo!) ir pra casa. Sim, deu medo. Eu queria mais que tudo ir pra casa, mas tinha certo receio de como seria ter um bebê sem minha mãe e as enfermeiras por perto. Mas minha mãe e minha vó - lindas, maravilhosas e prestativas - ficariam em casa durante o dia e eu só teria que ter medo de como seriam as noites. Ele dormiria bem? E se ele ficasse doente? E se ele começasse a chorar e eu não soubesse o que fazer? Aaaaaaai que medo!
Antes do João Pedro nascer, eu não tinha tido muito contato com bebês recém nascidos. Na verdade, só tive algum contato com o filho da madrinha do João Pedro, o Matheus, que tinha 3 meses, mas morava em outra cidade. Eu não sabia pegar um bebê, não sabia dar banho, não sabia cuidar do umbigo, não sabia trocar fralda. Eu era uma mãe completamente inexperiente que morria de pavor de dar banho num bebê. Mesmo tendo visto milhares de vídeos, milhares de relatos e até visto alguns banhos ao vivo, o pavor do banho não me deixava.
Enfim, pegamos o bebê, colocamos aquela criança molinha no bebê conforto e fomos para casa. Cheguei e fui direto brincar com a Zhara, afinal, poucas vezes tinha ficado 3 dias longe da minha princesinha. Quando coloquei o bebê conforto perto dela, ela ficou tão feliz, tããão feliz! Ela pulou loucamente, cheirou as perninhas dele, mas morreu de ciúmes no começo (Num próximo post falo sobre a relação dos dois).
Consegui tomar um banho pra tirar a nhaca de hospital e fui dar o primeiro banho no meu filho. Medo, medo, medo. Tirei de letra! Ha! Não afoguei ele, ele não chorou, não escorregou da minha mão. Foi lindo. Fiquei emocionada. Vamos ignorar o fato de no dia seguinte eu ter cortado o dedo e levado 4 pontos  e só poder dar banho nele de novo depois de 7 dias. 
Minha mãe e minha vó faziam comida, limpavam a casa e eu cuidava do bebê. Não foi tão difícil quanto eu imaginava. Realmente aquela coisa de "quando é seu, é diferente" é verdade. Parece que a gente nasceu mãe. Tudo é natural e, como o bebê também não sabe nada, a gente vai aprendendo junto. Não estou dizendo que tudo sejam flores e que não tenha dificuldade nenhuma, porque tem, e muuuuuuuuita dificuldade. E a gente perde a paciência sim, nosso coração se despedaça quando o bebê chora e você não sabe mais o que fazer.
Os primeiros dias em casa são lindos e enlouquecedores. Não existe nada mais assustador do que ter uma vida dependendo de você 24 horas por dia. E não existe nada mais perfeito do que essa vida ter sido feita à partir da sua.
Meus amores,  Zhara e João Pedro.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ninguém nasce sabendo. Nem mamar, nem amamentar.

Quando o bebê nasce, depois de todos os exames, a enfermeira leva ele pra que você possa amamentar. É natural que você já tenha pesquisado mil e uma dicas sobre como fazer isso. Quando coloca seu peito na boca do bebê e ele abocanha e mama, a primeira coisa que você pensa é: "HÁ! Arrasei!". Quando as pessoas perguntam se ele mamou você diz toda toda que sim, e que não doeu nada.
Mas no segundo dia, o peito começa a doer. E não é só uma dorzinha chata,  não. Parece que estão arrancando o seu mamilo (e é quase isso mesmo que está acontecendo). A amamentação machuca no começo, por mais certo que você faça ou tente fazer. Amamentar dói.
Como o João Pedro nasceu muito grande, as enfermeiras iam fazer teste de glicemia nele duas vezes por dia. No segundo pro terceiro dia a glicemia começou a abaixar. Porque eu,  morrendo de dor, tinha medo de amamentar e ele acabava mamando pouco demais. Foi ai que eu resolvi que meu mamilo podia cair,  mas eu não ia deixar de amamentar meu filho.
Nos primeiros 15 dias eu tinha que prender a respiração enquanto ele mamava, tinha que passar a pomada de lanolina - que ajuda muito,  muito mesmo! - e tinha que me concentrar no amor que eu sentia pelo meu filho. 
Depois dos 15 dias a dor foi melhorando até que não sentia mais nada,  e o tal vínculo que a amamentação cria começou a aflorar. No primeiro mês,  apesar da dor,  ele engordou quase 3 kg. Hoje ele está com 4 meses,  muito saudável e gordinho. A médica  falou até de colocar ele no regime.
O leite materno é poderoso, é o melhor alimento pro bebê. Bebê que mama no peito quase não fica doente. E o leite está sempre quentinho em qualquer hora e lugar. Ah! E ao contrário do que dizem por aí,  que bebê que mama no peito demora mais pra dormir a noite toda,  o João Pedro dorme a noite toda desde os dois meses. 
Um site que me ajudou muito com a amamentação foi comoamamentar.com. Tirei muitas dúvidas e vi muitas dicas legais.
Espero que tenham gostado do post. Qualquer dúvida é só postar nos comentários que eu respondo.  



terça-feira, 6 de outubro de 2015

Normal, normal, normal! Cesárea. E agora?

Esse é meu primeiro post no blog. Não sei direito como começar, então vamos começar pelo parto. Qualquer coisa eu volto pra gravidez depois. rsrs


Já estava com 39 semanas e 6 dias e cadê do João Pedro nascer? O médico resolveu fazer descolamento de placenta. Pense num negócio horrível! Dói, dói muito. Ele chega como se fosse fazer o toque, mas literalmente descola a placenta com o dedo(!!!). Se o trabalho de parto não começasse depois disso, iríamos fazer cesárea. Mas o trabalho de parto começou. Começou às 21h, como cólicas e essas cólicas aumentavam cada vez mais. Não dava pra dormir, então passei a noite em claro. Às 6 da manhã eram contrações. E eu só sabia que eram contrações por causa do instinto materno. Acredite, a gente sabe quando nosso filho vai nascer. Quando meu marido acordou eu disse: Nosso filho nasce hoje. E fomos para o que seria minha última ultrassom.
Desde antes de engravidar eu dizia que queria o parto normal. "Ah, a dor é só na hora. Saiu, acabou", "a recuperação é mais rápida", "tenho medo de agulha, de corte, de pontos, de ficar internada", "é melhor pro bebê, ele nasce na hora que ele quer". Esses eram meus pensamentos até a hora em que o médico disse que o bebê estava com 3,953 kg. Sim, meu bebê tinha quase 4 kg, o perímetro cefálico tinha 9,7cm, estava encaixado e pronto pra nascer. O João Pedro era grande e não ia conseguir nascer de parto normal.
Dali fui direto pro hospital, onde o médico fez o toque, e o eletro no bebê e constatou que eu realmente estava tendo contrações, mas estava só com 1 cm de dilatação. Poderia nascer em 2 horas ou em 2 dias (ou mais). Começou então minha peregrinação. Eu não tinha plano de saúde, então tudo seria feito pelo SUS. O problema é que o médico de plantão da minha cidade não me passava confiança; ele tinha fama de tentar o parto normal até o bebê entrar em sofrimento. Eu não queria meu bebê entrando em sofrimento de jeito nenhum. Então fui pra Maternidade de Campinas. Como ainda não estava na hora, me mandaram de volta pra casa e disseram que eu teria que ter meu filho aqui, em Cosmópolis mesmo. Claaaaaaaaro que eu não desisti. Era a vida do meu filho que estava em jogo e eu não ia deixar ele correr nenhum risco. Fui pra casa e esperei pacientemente até 18h, quando as contrações (terríveis) aconteciam a cada 5 minutos. Resolvemos ir pra Artur Nogueira, que é aqui ao lado e tem uma boa maternidade, mas o médico se recusou a fazer o parto por eu ser de outra cidade, apesar de eu estar em trabalho de parto ativo.
Lá fui eu pra Campinas de novo. Cheguei com contrações a cada 3 minutos e quase 5 cm de dilatação. Meu filho ia nascer durante a madrugada. Eu estava com exatas 40 semanas de gestação. Quando falei pro médico o peso do João Pedro, ele nem disse nada. Eu só sabia que seria internada, até que enfim. A essa altura já era por volta de 23h. Já tinham sido mais de 24 horas de dor.
Coloquei aquela camisolinha linda - só que não - a enfermeira me deu o braço e eu resolvi perguntar se seria parto normal ou cesárea.
Era cesárea.
Eu gelei! Meu pavor de cesárea, de agulha, de corte, de pontos gritou. Mas logo em seguida veio outra contração e eu desejei com todas as minhas forças que alguém tirasse aquele neném de dentro de mim o mais rápido possível. Não vi agulhas, não vi corte. Só senti os trancos do médico tentando tirar o João Pedro. Foi aí que meu marido entrou na sala. Tinham esquecido de chamar ele e ele entrou exatamente na hora que o médico puxou meu bebêzinho gordo, enorme, roxo e inchado, às 23:59 do dia 02 de junho de 2015. Sim, 23:59. Foi inacreditável o que eu senti quando vi aquele bebezão, com aquela boca aberta enorme chorando. Hahaha
João Pedro nasceu com 52 cm e 3,935 kg - a ultrassom estava quase perfeita. Nasceu saudável, praticamente no tempo dele. E era lindo! O recém nascido mais lindo que eu já vi (eu sou a mãe, posso achar isso). Rapidinho levaram ele pra mim, me ensinaram a amamentar e ele aprendeu a mamar rapidinho. Era uma alegria tão enorme de ver aquele bebê olhando pra mim, que nem me lembrei que o parto não tinha sido como o planejado, que eu tinha pontos e cortes. 
A cesárea não me tirou a emoção de ver meu filho saindo de mim, não me fez sentir mais dor do que o parto normal - nem durante, nem depois. A recuperação não foi rápida como seria no parto normal, mas no dia seguinte eu estava caminhando na maternidade. Sim, parecia que meus órgãos internos estavam todos soltos dentro de mim, e estavam mesmo, mas isso deve acontecer no parto normal também.
Enfim, esse é o relato do meu parto, lindo, pelo sus, o contrário do que eu queria e muito melhor do que eu esperava.